L i V R O
Se no início de cada viagem é habitual apertar o cinto, o que se deve fazer antes de começar a viajar pelas tascas lisboetas deste livro é precisamente o contrário, desapertá-lo. Porque só assim se obterá a folga necessária para acolher no estômago algumas das melhores iguarias desta cidade, saídas das respetivas cozinhas em doses generosas e apuradas, a preços justos, nunca acima dos 10€ por cabeça.
Do Lumiar a Pedrouços, d’O Abrigo ao Zebras do Combro, constam 50 paragens onde o reabastecimento é, mais do que uma necessidade, um prazer. E atenção: este guia não se limita a dizer moradas e números de telefones. Pelo contrário, entre retratos de cozinheiras e listas de pratos do dia só lhe falta mesmo dar a cheirar a comida.
Talvez numa próxima edição.
A U T O R
Tiago Pais é alfacinha de gema mas opta amiúde por saladas sem alface.
Já a gema nunca dispensa: gosta do seu ovo inteiro e mal cozido.
Aprendeu a usar talheres tarde e algo contrariado, talvez por ser canhoto.
Assim, desconfia sempre de qualquer restaurante que lhe apresente três garfos e três facas com funções diferentes.
Prefere casas simples onde possa roer os ossos, lamber os dedos e molhar o pão, não necessariamente por esta ordem.
Nos intervalos das refeições é jornalista e foi redator publicitário.
Trabalhou durante seis anos na Time Out Lisboa e hoje escreve para o Observador. Às vezes sobre tascas.
P A L i T O S d´O U R O
Nem Estrelas Michelin, nem Sóis da Repsol, as sete melhores tascas deste livro distinguem-se pelo prémio Palito d’Ouro. Basta procurar por este símbolo para ser feliz.